19 de desembre del 2007

... visibilidad

A morte de umha mulher por um disparo na cabeça realizado polo seu ex-companheiro sentimental, um guarda civil com destino em Cambados, obriga-nos a fazer pública, mais umha vez, umha reflexom sobre o modelo patriarcal de sociedade em que vivemos...
A morte de umha mulher por um disparo na cabeça realizado polo seu ex-companheiro sentimental, um guarda civil com destino em Cambados, obriga-nos a fazer pública, mais umha vez, umha reflexom sobre o modelo patriarcal de sociedade em que vivemos, que fai possível que numerosos homens cheguem a considerar as mulheres como parte da sua propriedade, e a falta de políticas de fundo para mudar realmente as cousas.

As campanhas de propaganda, a necessária e ainda insuficiente assistência às vítimas e outras medidas parciais nom conseguem erradicar um problema que nasce da natureza mesma do sistema social patriarco-capitalista, de umha economia de mercado que mercantiliza de maneira específica as mulheres como objectos propriedade dos maridos, de um sistema de valores que fai da família o primeiro núcleo hierárquico em que se reproduzem o autoritarismo e as desigualdades sociais.

Os meios de comunicaçom, a publicidade, o mercado laboral, os valores educativos fomentados no universo cultural deste sistema som o melhor caldo de cultivo para a reproduçom dessa violência estrutural que sofrem, sobretodo, os sectores mais desprotegidos e historicamente submetidos, e entre eles as mulheres de maneira específica.

Por isso, após cada morte, sobram as palavras e condenas grandiloqüentes e faltam medidas estruturais claras para que desapareça a cobertura social aos agressores.

Para além do mais, nom podemos deixar de fazer umha reflexom sobre as condiçons de detençom que irá ter o assassino da última mulher morta em Cambados. Será submetido o terrorista machista a 72 horas de incomunicaçom? Negará-se-lhe a assistência jurídica durante todo esse tempo? Será enviado à Audiência Nacional, em Madrid? Sofrerá, quando for condenado, os rigores da dispersom penitenciária?

Certamente, nom. Os políticos e legisladores do Estado espanhol nom consideram que o assassinato de seis mulheres por parte dos seus companheiros e os maus tratos sofridos por muitas mais na Galiza durante este ano sejam motivos suficientes para um tratamento penal e penitenciário que, provavelmente, nengum detido ou detida mereça, mas que sim sofrem de maneira específica @s detid@s por motivaçons políticas.

Compostela, 16 de Dezembro de 2007
Permanente Nacional de NÓS-Unidade Popular
www.nosgaliza.org


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